(11) 3726-4220 – das 9h às 18h

Peça ajuda

Doe agora

Como participar

 

A Unicef listou cinco medidas que governos mundiais têm colocado em prática para diminuir os índices de violência contra mulheres e crianças durante o período de isolamento.

 

Desde que o mundo se viu obrigado a cumprir o isolamento social para evitar que o vírus da Covid-19 se espalhe, uma outra estatística chamou a atenção. É que o número de mulheres e crianças que sofrem algum tipo de violência aumentou. No Brasil, de acordo com os dados mais recentes divulgados por Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, houve um aumento de 9% no volume de denúncias na semana de 23 de março, segundo dados do Ligue 180.

Os números crescentes serviram de alerta para organizações se juntarem e estabelecerem algumas medidas de proteção a essas pessoas. A Unicef reuniu cinco delas para engrossar as iniciativas que barrem estas ações. Confira:

1. Expansão das linhas telefônicas de ajuda e compartilhamento de informação

Além da ajuda oferecida pelo ambiente virtual, muitos países estão se comprometendo a manter linhas telefônicas de ajuda e canais de informação abertos durante e após o pico da COVID-19. Na Itália, por exemplo, uma pessoa que foi agredida, pode conseguir ajuda por meio do número 1522, conforme informou o site da Unicef.

2. Criação de abrigos e de outras opções de acomodação segura para sobreviventes

Em tempos de quarentena, muitos países viram a importância de oferecer alojamentos seguros e que permitem eu os sobreviventes se mantenham longe dos agressores. Alguns países disponibilizaram montantes para construírem locais para receber essas pessoas. No Canadá, por exemplo, foram distribuídos 50 milhões de dólares canadenses entre abrigos para mulheres e centros para agressão sexual. Em Trento, na Itália, foi decretado que o agressor deve deixar a casa, ao invés da vítima.

3. Acesso a serviços para as pessoas que sofreram agressão

O isolamento social tem limitado o acesso a certos locais. No entanto, algumas autoridades tem encontrado maneiras de fazer alguns serviços chegarem até essas pessoas. Os franceses iniciaram os centros ‘pop up’ em supermercados locais. Em países como a França, Itália e Espanha, uma palavra é usada como código que sinaliza às farmácias para contatar as autoridades relevantes. Já outros locais, usaram a tecnologia que as quais as mulheres podem buscar os serviços e assim evitar ligar quando estão perto dos agressores.

4. Limitando fatores de risco associados à violência

Afim de não colaborar para o aumento da estatística de violência contra mulheres e crianças, alguns países decidiram colocar o pé no freio para algumas atividades. Na Groenlândia foi proibida a venda de álcool na capital Nuuk para reduzir o risco de violência a crianças que estão em casa, assim como na África do Sul. Outra ação que foi colocada em prática é a restrição da venda e acesso a armas letais em um período de estresse exacerbado, reduzindo potencialmente o risco de feminicídio e de morte infantis.

5. Modificações na justiça

Alguns países julgaram necessárias algumas mudanças no sistema judiciário. A Austrália, por exemplo, implementou uma série de modificações no direito da família. Segundo informação da Unicef, as mudanças foram para a resposta do sistema judiciário serem mais rápidas. À medida que mais países vivenciam períodos prolongados de suspensão dos serviços de justiça, inovações e emendas adicionais são necessárias para assegurar a proteção dos sobreviventes em situações desafiadoras.

 

 

 

 

Fonte: Marie Claire