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Em pleno século XXI, em que a tecnologia dita regras e consegue trazer resultados mais precisos no tratamento de doenças físicas crônicas, mal conseguimos ser capazes de enxergar nós mesmos, de ter mais consciência sobre nossa essência e sobre o nosso papel na sociedade. Não percebemos que devemos tratar nossos semelhantes como iguais. E isso não depende de raça, cor, credo, classe social ou opção sexual.

O fato é que ainda vivemos em uma cultura patriarcal cheia de paradigmas e medidas extremas. Vivemos em um cenário em que, infelizmente, a força ainda se mede pelo físico e não pelo intelecto. Essa é uma questão paradoxal e delicada ao mesmo tempo.

Por isso que ainda vemos desvios psicológicos e de conduta. Aparece-nos, a todo o momento, casos e mais casos de violência. No que se refere a comportamentos abusivos contra a mulher, os números são alarmantes. Para se ter uma ideia, a cada minuto, nove mulheres foram vítimas de algum tipo de agressão no Brasil em 2018.

O dado foi extraído de uma pesquisa realizada pelo Datafolha em conjunto com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os números mostram que 21,8% foram vítimas de ofensa verbal, 8,9% foram tocadas ou agredidas fisicamente por motivos sexuais, 3,9% foram ameaçadas com facas ou armas de fogo e 3,6% sofreram espancamento ou tentativa de estrangulamento.

Visto isso, como podemos viver com tantas possibilidades de um futuro promissor enquanto o que rege o comportamento de uma parcela de pessoas é algo destrutivo? É possível prevenir esse tipo de conduta?

A Delegada de Polícia de Defesa da Mulher de Diadema, a Dra. Renata Cruppi, tem certeza que sim. Depois de estudos incansáveis sobre o tema e a necessidade de lutar pelo ideal de recuperar famílias, relacionamento entre ex-casais – respeito mútuo – e diminuir as ocorrências criminais envolvendo violência doméstica e familiar contra a mulher, foi possível criar o Grupo Reflexivo e Preventivo “Homem Sim, Consciente Também”.

A ideia surgiu em 2014, mas em março de 2015 teve seu início de fato. O projeto foi focado em conscientizar homens que possuem um perfil agressivo, mas que, por outro lado, não estão satisfeitos com a situação em que vivem. Lá, eles encontram uma alternativa para que possam ter um conhecimento mais amplo de si e do seu papel na sociedade. Conseguem entender a real importância que a mulher tem na sociedade.

O trabalho é feito com grupos de no máximo 15 homens, com idades de 20 a 70 anos, em alguns casos. As conversas duram aproximadamente 1 hora e 30 minutos e acontecem a cada 15 dias. Geralmente são feitos seis encontros por grupo e cada um deles possui um profissional com expertise no assunto, fazendo a interação e conscientização: psicólogos, assistentes sociais, advogados, delegados, escrivães, consteladoras familiares e educadores físicos. Todos esses profissionais atuam de forma voluntária.

A iniciativa já está sendo expandida em São Paulo, e há também a possibilidade de ser feita em outros estados. Para a Dra. Renata Cruppi, o mais gratificante de todo o processo é acompanhar a evolução de cada um, mas, principalmente, ver que aqueles que buscaram ajuda, hoje estão aptos a colaborar.

“Já tivemos um caso em que, após acompanhamento, um homem recuperou seu ofício de artesão, mas, quando ele percebeu a importância de estar bem e respeitar, especialmente a mulher, internou-se em uma clínica para dependentes de álcool; após sua recuperação total, continuou no local para ser um voluntário, compartilhando, assim, suas experiências como ex-dependente, e compartilhando o que aprendeu no programa. Isso é muito gratificante,” ressalta.

Mulheres Positivas também acreditam em homens conscientes

Nós do “Mulheres Positivas” acreditamos que é possível sim melhorar esse quadro triste. Que nos cabe debater esse tema e ajudar todos aqueles que precisam. Foi então que decidimos fazer, em conjunto com a TIG, dois modelos de t-shirts @mulheres_positivas. As camisetas já estão à venda e podem ser adquiridas na @tigoficial. Todo o valor será revertido a ONGs e iniciativas em prol da mulher.

Inclusive, no dia do lançamento, contamos com um bate-papo super positivo com a Delegada @renatacruppi, que explicou, brilhantemente, toda a iniciativa que faz em seu projeto.

Sororidade é bom demais, mas humanidade coesa e feliz é ainda melhor!

Agradeço mais uma vez todas as apoiadoras dessa ação incrível: @renatafigueiredotig, @lelesaddi e @taciveloso.

 

FONTE: LINKEDIN