(11) 3726-4220 – das 9h às 18h

Peça ajuda

Doe agora

Como participar

Larissa Almeida contou que registrou um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher. Ela ainda revelou que ao questionarem o rapaz sobre o caso, ele respondeu: “Somos homem, né, amigo? Acontece essas coisas”

Era para ser mais um dia normal na vida de Larissa Almeida, de 21 anos, moradora do Engenheiro Pedreira, em Japeri, no Rio de Janeiro. No entanto, ela passou por uma situação embaraçosa no trem ao voltar para a casa.

Larissa relatou que foi assediada por um homem que estava no mesmo vagão que ela. Ela contou, em suas redes sociais que a pessoa se sentou próximo a ela e começou a se masturbar. “Esse lixo de ser humano que me assediou dentro do Japeri. O mesmo saiu do seu assento para sentar na minha frente para se masturbar. No final desse vídeo da para ver que eu desabo quando outras mulheres se aproximam para me ajudar, eu fiquei extremamente sem chão”, escreveu.

Ela ainda contou que chegou a fazer um boletim de ocorrência e que foi acompanhada de um amigo. E para sua surpresa, o homem continuou a seguindo pelo caminho. “Já estávamos chegando em Engenheiro Pedreira, mas ele não mora em Queimados? Ele me seguiu até o DPO encontrei um amigo, e logo depois disso ele sumiu. Fui para o DPO acompanhada desse amigo e chegando lá o polícial não prestou tanta ajuda, só disse para eu fazer o BO on-line porém continuei afirmando que estava me sentindo amaçada mesmo assim ele disse para eu ou ir na 63 ou fazer on-line. Meu amigo me acompanhou até a saída e quando saímos encontramos quem? O assediador, meu amigo foi ter uma conversa com ele e o mesmo afirmou “Somos homem, né, amigo? Acontece essas coisas” meu amigo se alterou, e partiu para dentro dele, aí sim o policial viu a gravidade e tirou o assediador de perto da gente e o levou até a delegacia e disse para que eu aguardasse para que a viatura nos levassem para a 63. Nesse momento ele acreditou, né?! Fomos para a 63 e fui obrigada a ficar no mesmo ambiente que esse monstro. Mas lá tudo se resolveu e sim, eu denunciei!”, disse.

E finalizou: “Por que estou postando tudo isso? Mulheres, denunciem, gritem, naõ se calem. Ainda que a voz embargue, ainda que uas pernas tremam, gritem, não se calem! Não podem calar a nossa voz! Se você, mulher, homem presenciar algo do tipo não fique parado olhando, ajude, de apoio! Vocês não tem noção o medo que a gente sente nesse momento, mas nos ajude a ter voz, a lutar por outras mulheres!!! Eu to lutando, por todas as mulheres e principalmente por minha filha”, revelou.

Larissa também se manifestou pelo seu perfil no Twitter e revelou que desde que denunciou o ocorrido  tem sofrido ameaças. “Estou sendo ameaçada. Agora sou chamada de maluca e vagabunda pela mulher do cara. Obrigada gente pela força, ainda me sinto muito ameaçada mas Deus é por mim. Estou com a minha filha, meu esposo, minha família! E só consigo sentir gratidão pq sei que fiz a coisa certa”, escreveu.