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Apesar da participação feminina no mercado de trabalho ter aumentado nas últimas três décadas, as mulheres ainda não têm as mesmas oportunidades que os homens. Relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) neste domingo (16) revela que a participação delas no mercado é 20% menor que a dos homens. Além disso, a diferença salarial e o acesso à educação ainda persistem entre homens e mulheres.

De acordo com o FMI, as mulheres enfrentam vários desafios para alcançar seu pleno potencial ao longo de suas vidas. Mesmo assim, a maior participação delas no mercado de trabalho está atrelada diretamente ao crescimento econômico. Para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), reduzir em 25% a diferença de gênero no mercado, até 2025, poderia aumentar o PIB global em 3,9%.

Os dados mostram que a diferença entre os países é impressionante. Por exemplo, a participação da força de trabalho feminina aumentou no Peru (28%), Espanha (27%), Cabo Verde (25%) e Maldivas (23%). Mas ela diminuiu em países como Papua Nova Guiné, Sri Lanka, China e Romênia.

O FMI destaca ainda que políticas fiscais sensíveis ao gênero podem, além de apoiar o trabalho feminino, ter importantes efeitos distributivos. Para os países de baixa renda, por exemplo, o relatório frisa que além de investir em educação é extremamente importante desenvolver programas de transferência de renda para ajudar na redução da pobreza.

Intervenções de políticas fiscais

O relatório analisou o impacto de três políticas muito usadas para combater a desigualdade de gênero: assistência infantil subsidiada, licença maternidade paga e declaração de imposto de renda individual.

“Cada uma dessas políticas tem o potencial de aumentar a força de trabalho feminina. Os custos de assistência à infância beneficiariam mulheres com pouca educação. Entretanto, a mudança na tributação teria impacto positivo sobre as mulheres altamente qualificada”, explica o estudo.

Já uma licença maternidade paga de 18 semanas, em média, aumentaria a participação da força de trabalho feminina principalmente entre mulheres com baixa qualificação.

Mulheres no mercado de trabalho brasileiro

Até 2030, a participação feminina no mercado de trabalho brasileiro deve crescer mais que a masculina, informa estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) publicado em junho de 2019. As projeções foram feitas a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

Os pesquisadores estimam que, daqui onze anos, 64,3% das mulheres entre 17 e 70 anos, estarão empregadas ou buscando trabalho. Enquanto que no início dos anos 1990, essa parcela era 56,1%. Já a participação masculina deve encolher de 89,6% para 82,7% nessas quatro décadas.

De acordo com o estudo, mudanças culturais, conquista de direitos e um maior investimento em educação pelas mulheres explicam esse movimento.

 

 

Fonte: Reconta Aí