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Fernanda procurou ajuda de uma ONG na Zona Leste de São Paulo após ser ameaçada por ex-marido: ‘Estou vencendo um medo todo dia. Todo dia que eu saio é com medo, mas estou indo’.

A pandemia do novo coronavírusmudou a vida de Fernanda. Durante o isolamento social, ela passou a viver momentos de tensão em casa com o marido e na presença dos filhos. Ela conta que sofreu as mais variadas formas de agressão.

“Depois que eu fui morar na casa dele que ele começou a mostrar quem ele era. Começou a me ameaçar com armas. Ele já chegou a colocar uma faca no meu pescoço, dizendo que iria me matar. Quase 20 dias atrás ele jogou o carro para cima de mim e das crianças que estavam na rua. Tentando me pegar. Mas, aí, ele freou o carro em cima e falou: ‘se você não estivesse com as crianças eu tinha passado por cima de você’”, relembra.

Durante o isolamento social, Fernanda passou a viver momentos de tensão em casa com o marido e na presença dos filhos — Foto: Profissão Repórter

Durante o isolamento social, Fernanda passou a viver momentos de tensão em casa com o marido e na presença dos filhos — Foto: Profissão Repórter

O Profissão Repórter desta terça-feira (20) mostrou histórias de mulheres que passaram a enfrentar episódios de violência doméstica durante a pandemia do novo coronavírus. Para proteger as vítimas, suas identidades não foram reveladas.

Depois de ser agredida com uma faca e um revólver na frente dos filhos, Fernanda procurou a ajuda de uma ONG. Ela fez um boletim de ocorrência e foi orientada a pedir na Justiça uma medida protetiva contra o ex-marido. Ele não pode mais se aproximar dela.

“Eu busquei uma coragem onde eu acho que não tinha. Tava com medo de viver, eu tava trancada dentro de casa com meus filhos, não tava vivendo com meus filhos, entendeu? Qualquer barulhinho que eu ouvia no quintal eu pensava que era ele pulando para vir me matar. Fiquei com medo de andar na rua, perdi o emprego por causa dele.”

 

Fernanda procurou ajuda de uma ONG na Zona Leste de São Paulo após ser ameaçada pelo ex-marido — Foto: Profissão Repórter

Fernanda procurou ajuda de uma ONG na Zona Leste de São Paulo após ser ameaçada pelo ex-marido — Foto: Profissão Repórter

 

Fernanda teve o apoio da ONG MulheReviva – Bem Querer, na Zona Leste de São Paulo, que há 12 anos atende mulheres vítimas de violência doméstica. Além de assessoria jurídica, social e psicológica, a organização oferece às vítimas sessões de acupuntura e terapia holística. E, assim, ela vai se fortalecendo.

“Antes eu não podia sair na rua, hoje eu já estou saindo. Estou vencendo um medo todo dia. Todo dia que eu saio é com medo, mas estou indo.”

 

Assista à reportagem completa abaixo:

 

Fonte: G1 Globo