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Antes mesmo da Copa do Mundo de 2019, Marta Vieira da Silva já era gigante, acumulava feitos no esporte que a alçavam ao Olimpo dos grandes ídolos: foi seis vezes considerada pela Fifa a melhor jogadora feminina do mundo, ultrapassando craques como Cristiano Ronaldo e Lionel Messi. Durante o campeonato, também se tornou a primeira a balançar a rede em cinco edições diferentes do torneio.

Seu primeiro Mundial foi em 2003, com 17 anos. Depois, disputou as edições de 2007, 2011 e 2015. Com a camisa da seleção, ela supera até Pelé, que marcou 95 gols. Mas, quando foi entrevistada para a edição de julho da Vogue, a jogadora demonstrava apreensão por ter se machucado durante os treinos em Portugal, a 15 dias do começo do campeonato – ela não poderia prever que, além de se tornar a maior artilheira de TODAS as Copas (leia-se a masculina também, já que ela superou os 16 gols do alemão Miroslav Klose!), também ganharia uma voz infinitamente mais potente para clamar por uma questão que já vinha debatendo em menor escala: a igualdade de gênero no esporte e fora dele.

Escrever esta história de sucesso nunca foi fácil. Desde pequena em Dois Riachos, Alagoas, sua cidade natal, Marta percebeu que ter habilidade com a bola e saber jogar melhor que os meninos eram motivos para ser apontada como “diferente” entre os colegas.

A reação das crianças, conta à nossa redatora-chefe, Camila Garcia, não lhe causou grandes traumas. Mas as ofensas vindas dos adultos lhe causaram, sim, certa dor. Sua resposta? Jogar mais e melhor. “Teve uma vez que um senhor gritou da arquibancada que era para alguém tirar a minha roupa para provar que eu era mulher mesmo. Isso foi me endurecendo. Mas é o que sei fazer melhor, não podia deixar passar nenhuma oportunidade, tinha que sobreviver e ajudar minha família”, conta.

Do futebol de várzea, que jogava descalça – ganhou sua primeira chuteira apenas aos 11 anos, e como era dois números maior completava o espaço com jornal –, à profissionalização, aos 14, no Vasco da Gama, ela nunca deixou de ser obstinada pela bola. Ainda assim, sempre teve menos reconhecimento, visibilidade, patrocínios e salários mais baixos que seus colegas do sexo masculino.  “Imagina o quanto eu ganharia e quantos patrocínios teria se tivesse os mesmos títulos, mas fosse homem?”, questiona. “Essa diferença tem que acabar, estamos abrindo caminho para as gerações futuras.”

Nas páginas da revista, que começa a chegar às bancas em 28.06, descubra mais detalhes da trajetória da craque.

Edição de Moda: Pedro Sales
Beleza: Henrique Martins (Capa Mgt) com produtos Bumble And Bumble/
Direção Executiva: Rodrigo Crespo (The Box Productions)
Produção Executiva: Nora Naatz (The Box Productions)
Coordenação: Monica Borges e Jhonata Fernandes
Produção de Moda: Vinicius Coni, Rogério Martinez (SP) e Mayara Biral (Ny)
Assistentes de Fotografia: Christopher Murray e Robert Mckim
Tratamento de Imagem: Studio Bruno Rezende
Agradecimentos: Ritz-carlton Orlando

 

 

Fonte: Revista Vogue